sábado, agosto 19, 2006

.o canto dos mortos

.o canto dos mortos
de Gustavo Resende

Esta noite, eu tive um pesadelo. Bem, na verdade, não foi um pesadelo. Na profunda verdade, nem foi um sonho. Foi um insight, como dizem os publicitários... Mas como sou o rei da insegurança, não coloquei, ainda, em prática este insight. Por quê? Porque eu temo que tenha sido um pesadelo. Ou que possa se tornar um...

Temor. É isso que deve se sentir quando morre, não é mesmo? O eco dos mortos é dolorido e assim nos faz ver o que não foi na vida. Pragmático...

Quando tentei voltar ao sono dos vivos, percebi que já estava morto e que não tinha saída. Era ou eu, ou eu... Destruído ficou meu travesseiro. E dolorido meus sonhos, ou meu pesadelo.

O dia chegou. O Sol chegou, graças a Deus. Mas eu ainda estava dormindo, triste e deprimido. Dilemas de um passado mortal. Uma nova noite chegou. Novos dias chegaram. Novas noites chegaram. E não coloquei-me a sonhar, a ter pesadelos, muito menos insights...

Me ferrei! Ouvi o canto dos mortos, pois só isso restava!

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