segunda-feira, julho 17, 2006

.momento eu (o tempo)


O TEMPO
de Gustavo Resende

Não confessarei meu amor a qualquer um. Meu amor é nebuloso demais para ser dito em palavras. Meu amor é obscuro e curto e distante e tedioso. Meu amor não interessa a ninguém. Nem a mim. Nem a ti, amada.
Desejo ou perdão? Avanço ou destruição? Questões que me cercam desde o finito instante daquele beijo. Momentos que me iludem desde o pioneiro instante daquele dia. O tempo. Beijei o tempo. Iludi-me com as horas.
Quando vi que o tempo não queria saber de mim, resolvi: não quero saber mais de você. Mas foi aí que você parou e pensou: Desejarei. Perdoarei. Avançarei. Destruirei. Como faca em peixe, como dor em terminal, como anjos perdidos de seus propósitos.
A gente vai se amar. O que importa é o tempo. Aqui ou acolá. A gente vai se amar.
Não deixa para o tempo. Deixa para mim. Não jogarei as toalhas desta batalha. Irei até o fim. O Tempo vai passar? Você também passou. Olhou e beijou.
O tempo também vai beijar!
Tempo que beija!

1 Comentários:

Às 9:13 PM , Blogger Priscila Pinheiro disse...

o tempo? que é? isso é a gente que inventa. ele não existe. O amor existe, e é real, por mais abstato que possa parecer. O mundo inteiro está na mente.

Por hora é o que tenho a dizer (mesmo q não faça o menor sentido)

 

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